quarta-feira, 27 de maio de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

A cor.

“As cores na pintura são, por assim dizer, engodos para seduzir os olhos, como a beleza dos versos na poesia é uma sedução para o ouvido.”
Poussin

As cores não são estáticas na medida em que mudam o seu significado ao longo do tempo e consoante a cultura em que está a ser utilizada. “Diz-se que o vermelho é excitante porque nos faz lembrar fogo, sangue, revolução. O verde suscita os pensamentos restauradores da natureza, e o azul é refrescante como a água. Mas a teoria da associação não é, neste caso, mais esclarecedora do que em outras áreas.” Mas, se em Portugal é uma ofensa estar de luto e se vestir de vermelho, na África do Sul é o correcto.

Contudo, existem cores que têm características comuns em todo o Mundo, como por exemplo, as cores quentes a as cores frias.

Uma determinada cor pode ter diversos tons: desde o tom mais claro ao tom mais escuro. Este facto faz-nos muitas vezes confundir um azul com um verde e leva-nos ao “azul esverdeado”. Rudolf Arnhiem, no seu livro Arte & Percepção Visual – Um Psicologia da Visão Criadora, declara que “As quatro dimensões da cor que podemos distinguir com confiança são o avermelhado, o azulado, o amarelado e a escala de cinzentos. Mesmo as secundárias podem gerar confusão devido ao seu parentesco com as primárias, por exemplo, entre um verde e um azul ou amarelo; e na hora de tentarmos diferenciar a púrpura de um violeta, somente a justaposição imediata permite certeza. Isto é evidente no código de cor usado para mapas, guias e outros instrumentos de orientação.”

Mas a cor e, consequentemente, o tom dela, depende da luz que recebe. Com muita luz as cores parecem muito mais claras e luminosas do que com pouca luz. Isto comprova-se quando anoitece, onde os tons das coes se tornam mais escuras. Contrariamente, quando está sol, no Verão, os tons das cores são mais diversificados.” Também percebemos a cor da própria iluminação incorrectamente. Adaptados à iluminação vermelha, vemos uma superfície cinzenta de facto como cinzenta, mas somente enquanto a sua claridade se iguala à da que prevalece no campo. Se a superfície cinzenta for mais clara, é vista como vermelha; se for mais escura, como verde.”
Já alguma vez pensou como seria um mundo apenas com uma cor de um único tom? Como conseguia andar sem tropeçar ou identificar o local das coisas rapidamente? Seria uma loucura, algo impensável. O mundo precisa de cores, assim como tal o conhecemos. O verde da relva, o branco das nuvens e o preto do alcatrão. “Estritamente falando, toda a aparência visual deve sua existência à claridade e cor. Os limites que determinam a configuração dos objectos provêm da capacidade dos olhos em distinguir entre áreas de diferentes claridade e cor. Isto é válido mesmo para as linhas que definem a configuração em desenhos; elas são visíveis apenas quando a tinta difere do papel, na cor. “

Fontes:
ARNHEIM, Rudolf; Arte & Percepção Visual – Um Psicologia da Visão Criadora; Editora Thomson; 1980

Ricardo Reis

Tempo.
Equilíbrio.
Fugacidade da vida.
Fatalidade da morte.



quarta-feira, 6 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Álvaro de Campos


Dar relevo ás personagens.
versão 0.2